Esposa e filhos lembram com emoção de "Bastiãozinho", o fanático torcedor do Cirino de Elesbão Veloso. Ele faleceu aos 70 anos.

Na última sexta-feira(15 de agosto) fiz uma visita a senhora Maria da Cruz Alves de Abreu, a "Moça", 68 anos, moradora da Rua Henrique VIII, no Cirino. Ela era esposa do lavrador Sebastião Manoel de Abreu, o "Bastiãozinho", que ficou conhecido por sua paixão pelo Real Cirino, time de futebol do bairro e que faleceu aos 70 anos de idade (20/01/1944 em Francinópolis-PI) no último dia 6 de agosto em decorrência de problemas no sistema digestório.

A reportagem do Painel Popular/Elesbão News ouviu além da esposa, dois filhos do casal- Antônio da Silva Abreu, 43 anos e Valderi da Silva Abreu, 42 anos. Conforme dona Maria da Cruz, Seu Sebastião já vinha adoentado a um certo tempo, sendo que nos últimos meses a situação se agravou a ponto de ele recorrer a hospitais de Teresina, onde ainda ficou internado.

Sebastiãozinho: morte aos 70 anos

"Ele alegava dores no estômago e não sentia fome, o problema dele era no intestino, nos últimos dias de vida ele não estava nem se alimentando. Ele sofreu demais. Eu fiz que o que pude pelo meu esposo, mas infelizmente ele partiu", disse dona Moça, aos prantos.

Casados há mais de 45 anos, o casal teve três filhos, um deles mora em São Paulo. O mais velho- Antonio de Abreu, que mora na mesma rua dos pais no Cirino disse que na tentativa de salvar o pai recorreu a outros centros. "Ficamos dois meses caminhando daqui(de Elesbão) para Teresina, ele fez exames e estava previsto uma cirurgia, foi feito também uma biópsia, o resultado saiu na terça(dia 5/8), mas no dia seguinte, ele faleceu", disse Antonio para acrescentar em seguida. "A biópsia apontou que ela estava com problemas sério de saúde".

Valderi de Abreu: um dos filhos de Sebastiãozinho.

O outro filho, Valderi de Abreu que auxiliava o pai na labuta diária do roçado conta como era Seu Sebastião. "Ele era muito disposto", falou. No campo desportivo, o lavrador era figura frequente em jogos da Copa Cidade, a paixão pelo Cirino era ardente, o que lhe rendeu o prêmio de torcedor destaque na Copa Cidade de 2011. "Ele não perdia os jogos, tanto que nem pagava mais ingressos, a entrada dele era franca, não apenas pela idade, mas por ele sempre ir ao estádio, todos já tinham aquele respeito.", disse Valderi, acrescentando que está sendo difícil aceitar a perda do pai. O corpo do aposentado Sebastião de Abreu foi enterrado no cemitério da localidade Gameleira, zona rural de Elesbão Veloso.