Presidente do Sinte-PI/Valença do Piauí diz que aumento para professores com base no INPC é perda para classe

Presidente do Sinte-PI Regional Valença-PI, Alexsandro Meneses
O presidente do Núcleo Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública de Base do Estado do Piauí-SINTE-PI esteve de passagem por Elesbão Veloso, na semana passada, oportunidade em que percorreu escolas da rede estadual, levando o convite da festa do Dia do Professor e Servidor Público realizada nesse último fim de semana na sede da entidade em Valença do Piauí.

Ouvido pelo Painel popular, Alexsandro Meneses elencou alguns pontos positivos para a categoria(leia professores), tendo como destaques a mudança de classe e de nível assinadas recentemente pelo governador Wellington Dias.

Ele ressaltou que a medida contemplou a quem deu entrada solicitando a mudança de nível durante o ano passado, dessa maneira, um novo valor deve ser implantado no contracheque do servidor a partir do próximo mês(folha de novembro). Por outro lado, Alexsandro enfatizou acerca das mudanças que estão sendo introduzidas no Plamta, que pela nova regra prevê coparticipação de 50%, percentual que o Sindicato discorda veementemente.

- O setor jurídico do Sindicato já entrou com uma ação no Ministério Público denunciando esse aumento tanto da coparticipação e os 15% no Iapep Saúde, lembrou Alexsandro.

O presidente do Sinte-PI Valença do Piauí lembrou que já está estipulado aumento salarial de 11,75% para o próximo ano. O reajuste é baseado no custo-aluno e deve ser incorporado no contracheque referente a janeiro.

- O Mec resolveu dar os 11,75% de custo aluno, mesmo assim eles estão achando muito, e o nosso medo é eles tirarem de custo aluno e colocar nosso aumento baseado no INPC, o que seria mais uma perda para classe.

Na entrevista, Alexsandro fez críticas aos representantes da bancada piauiense no Congresso Nacional. Segundo ele, não há nenhum parlamentar, quer seja no Senado ou Câmara com projetos voltados para o interesse dos professores e recordou a retirada da regência pelo governo do Estado em 2011, naquel oportunidade, 25 dos 31 deputados ficaram a favor da proposta do governador Wilson Martins, assim colaboraram para uma enorme perda salarial da classe.

- Sabemos que hoje o INPC está em torno de 6%, e isso significa uma perda muito grande para classe; precisamos ficar atentos a essa votação para não deixar passar de custo/aluno para INPC, falou Alexsandro, acrescentando que o governo não concedeu o aumento para o pessoal do setor administrativo.

O abono de 2% era para ter sido lançado nos contracheques na folha de outubro e outros 2% no mês de novembro. Após uma série de negociações com o Sinte-PI, o governo prometeu, mas não efetuou o pagamento. Importa lembrar que o setor administrativo do governo não justificou o motivo de não conceder os adicionais. (Por: José Loiola Neto)
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