Devaldo Nunes da Fetag-PI analisa proposta para reforma da previdência e afirma que governo quer sobrecarregar trabalhador

Para o secretário de Políticas Agrárias junto a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí- FETAG-PI, o ano de 2016 foi difícil e desafiador, em razão da reforma da previdência, que o governo federal vem propondo.

Ao participar da última reunião desse ano no Sindicato Rural, sábado passado, Devaldo Nunes previu que o desafio maior será durante o ano de 2017; explicou que o movimento sindical não é contra a reforma, mas esta não pode ser feita da maneira que o governo deseja.

- Não se pode pegar uma cangaia de lenha e botar mais duas em cima para o trabalhador carregar, assim ele não aguenta, é pegar 10 anos e jogar nas costas das mães trabalhadoras rurais, da mulher do campo; isso nós não concordamos.

O secretário disse que o foco da discussão da proposta será primeiro conversar com deputados e senadores da bancada piauiense no Congresso, depois pode haver acampamento em Brasília, no sentido de evitar mudanças que interfira drasticamente na vida dos trabalhadores.

- Agora em janeiro vamos ter o mesmo trabalho que fizemos em 2008, vamos visitar deputados e senadores, vamos pressionar e mostrar que eles foram eleitos para defender os direitos da sociedade

Devaldo Nunes lembrou que a reforma da previdência proposta pelo governo Temer atinge diretamente estados e municípios, inclusive no que diz respeito a contratação de servidores na medida em que um dos pontos versa sobre o limite de idade.

- Como uma prefeitura poderá fazer concurso público se o servidor não pode aposentar por tempo de contribuição tem que esperar mais 20 ou 25 anos?. Imagine o professor que passa o dia inteiro com pó de giz nos olhos e nariz, já está meio adoentado, cansado, trabalhando no interior e vai ter que dar aula até os 90 anos

O dirigente defendeu a organização dos sindicatos rurais com vistas a lutar pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, ele ressaltou ser muito importante também, as parcerias com prefeitos, vereadores e OAB.

Por: José Loiola Neto
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