A petroleira britânica BP informou nesta quinta-feira (15) que pagará US$ 4,5 bilhões em multas ao governo americano e assumirá a culpa por acusações criminais relativas ao desastre ambiental com a plataforma Deepwater Horizon, no golfo do México (EUA), em 2010, que resultou no maior derramamento de petróleo em alto mar da história do país.
É o novo valor recorde de uma multa criminal norte-americana. A maior quantia até agora havia sido paga pela Pfizer: US$ 1,3 bilhão, em 2009, por fraude de marketing.
Vazamento no Golfo do México em 2010
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Mancha de óleo no golfo do México (EUA); a plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, afundou a 240 km de Nova Orleans em 2010, dois dias depois de uma explosão que matou 11 trabalhadores
| Gerald Herbert/Associated Press | ||
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| Fumaça saindo da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP no golfo do México (EUA), que explodiu a 240 km de Nova Orleans em 2010 |
Do valor atribuído à BP, US$ 4 bilhões serão pagos em cinco anos, afirmou a empresa em comunicado.
A companhia informou que se declarou culpada em 11 ações criminais envolvendo má conduta ou negligência relacionadas à morte de 11 pessoas no acidente com a plataforma, que despejou milhões de barris de petróleo no golfo.
Um oficial da lei ligado ao caso disse que, além disso, dois funcionários da BP seriam acusado de homicídio culposo.
A empresa confirmou hoje mais cedo que estava em "discussões avançadas" com as autoridades dos EUA para liquidar todas as ações penais decorrentes do derramamento de petróleo.
Isso porque, mesmo com um acordo sobre as reivindicações criminais, a BP ainda estaria sujeita a outras reivindicações, incluindo federais cíveis e reclamações por danos a recursos naturais.
Uma preocupação em particular seria com uma eventual multa nos termos da Lei da Água Limpa, de R$ 1.100 a US$ 4.300 dólares por barril derramado --o que representaria até US $ 21 bilhões, de acordo com Peter Hutton, da RBC Capital Markets, em Londres.
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