"Comecei a jogar futebol como todo menino, jogando no terrão em um campinho que fica por trás do estádio(Nogueirão), próximo ao açude do padre, nunca tive talento com as pernas, de forma alguma, então fui para o gol e sinceramente que considerava um goleiro de médio pra ruim, não era um bom goleiro, tanto que nunca me interessei em disputar torneios na cidade", sentenciou.
Diante da deficiência técnica como atleta e por conta de um acidente com moto em 2007 a saída foi enveredar pelo caminho da arbitragem. Aliás, ele fez parte da equipe de apitadores da Copa Cidade 2013/2014. Justamente na decisão do torneio em 30 de março por se encontrar realizando uma prova de concurso público Eduardo sequer esteve no estádio Nogueirão para assistir a vitória do Moto Táxi sobre o Pé do Morro por 4x1, final essa apitada pelo valenciano EDNALDO 'SUNGUELO', ao invés de algum outro integrante da equipe, a decisão do secretário Macêdo Junior em não escalar um apitador elesbonense não passou despercebida por Eduardo durante a entrevista ao Papo de Bola.
"Aquilo foi um excesso de preciosismo por parte do secretário, inclusive quando foi fomentada essa hipótese de um árbitro de fora apitar a abertura da Copa Cidade, como de fato aconteceu, eu já previa que um apitador de fora também iria apitar a final; eu achei um desprestígio com a arbitragem daqui; nada contra os de fora, nada contra a ideia do secretário, mas deixar a gente de fora na abertura e final, isso não deveria ter acontecido", comentou.
Aniversariante deste sábado, 21 de junho, quando completará 29 anos, o professor Eduardo Welton é um torcedor fanático do Corinthians, nessa entrevista ele comenta o atual cenário do futebol local, especialmente no que diz respeito a goleiros. "Aqui em Elesbão, estamos carente de goleiros, cheguei a entrar em atrito com o goleiro da Piçarra durante a Copa Cidade, porque tem gente que gosta de criticar, mas não quer ouvir críticas, mas o que eu vejo é que estamos carentes e precisam surgir nomes para a posição, nada contra os atuais, mas o nível atual está muito fraco", falou.
Ao Papo de Bola, Eduardo também enfatiza acerca do futebol brasileiro, que na sua concepção no momento deixa a desejar. "O futebol brasileiro na atualidade infelizmente está nivelado por baixo, até mesmo por causa da crise, os clubes do Brasil não tem dinheiro para contratar, estão vindo para cá jogadores considerados refugos, jogadores em fim de carreira, 'sem nome'; os melhores estão na Europa, o prognóstico infelizmente é daí para pior, não vejo perspectivas para melhorar, não!", previu.
Professor licenciado em física pela UESPI está há mais de 10 anos em sala de aula, sendo que atualmente é tutor presencial do curso de pós graduação em gestão pública pela UAPI-Elesbão Veloso, Eduardo encerra a entrevista opinando a respeito da realidade da educação no Brasil, destacando que vivemos uma realidade adversa se comparado a outros países, e que infelizmente temos uma clientela de alunos demasiadamente desinteressada em sala de aula.
"O jovem hoje não está interessado, em todos os aspectos, em todos os níveis- fundamental, médio, o interesse é quase zero. Eles se interessam por tudo enquanto: festas, internet, roupas, mas o colégio fica em último plano", concluiu Eduardo.
Professor Eduardo Welton falou ao Papo de Bola- Painel Popular. |
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