Pedro Barusco confirma que houve repasse de propina para campanha de Dilma em 2010; relator da CPI da Petrobras pede investigação sobre gestão tucana.

Pedro Barusco confirma que houve repasse de propina para campanha de Dilma em 2010; relator da CPI da Petrobras pede investigação sobre gestão tucana.
Durante depoimento na CPI da Petrobras nesta terça-feira(10/3/15), o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco contou com detalhes o que já havia dito ao Ministério Público em delação premiada. Barusco admitiu receber propina da estatal desde 1997, no entanto, o ex-gerente afirmou que a corrupção naquela época foi isolada e praticada apenas por ele e que somente em 2004, durante e a gestão petista o pagamento de propina se tornou frequente.


Conforme o ex-gerente, no contrato com a empresa, sempre havia um percentual direcionado a propina. Ele reafirmou que houve repasse de dinheiro de propina para a campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010. "Foi solicitado este patrocínio de campanha, eu recebi e repassei, foi para campanha presidencial de 2010, para o PT, para o João Vaccari Neto", disse Barusco, que no período em que esteve a frente da gerência da Petrobras movimentou mais de U$ 97 milhões em propina. Importa salientar, no entanto, que, este montante está sendo repatriado aos cofres públicos.

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Mota(PMDB-PB), disse que as declarações de Pedro Barusco reforçam que a Comissão não deve investigar o período de gestão tucana na Petrobrás. "Ele(Barusco) não imputou a nenhum membro do governo anterior ou algum diretor nenhuma culpa dos processos de propina que ele recebeu anteriormente, então acho que isso tira a conectividade dos fatos", acrescenta Mota. Por outro lado, o relator da CPI, o petista Luis Sérgio(PT-RJ) duvidou da versão de Barusco, por isso defende a ampliação das investigações em torno do caso, devendo ser estendida ao período em que o PSDB esteve a frente da gestão do País. "O ideal é que naquele período ele também pudesse aprofundar; impossível acreditar que a corrupção na Petrobras tenha nascido com ele sozinho a partir de 1997", falou Luiz Sérgio.

Ontem, investigados na Operação Lava-Jata e que ocupam vagas na CPI da Petrobras se afastaram do cargo. Amanhã, a CPI ouvirá Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, investigado no caso de recebimento de propina da estatal. Cunha se prontificou a comparecer a CPI. Outro que deve comparecer para depor é Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal. Por: José Loiola Neto
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