Governo Federal corta verbas e prefeitos dizem não poder pagar novo piso salarial do magistério

Arinaldo Leal presidente da APPM
Os prefeitos piauienses estão “com as mãos na cabeça”, sem saber como fazer para pagar o novo piso dos professores e manter todos os serviços funcionando nos municípios. “É preciso que fique claro que não somos contra o salário dos professores. Achamos justo. Nosso problema é com os cálculos de repasse do Governo Federal”, diz Arinaldo Leal, presidente da APPM.

Com o novo piso, nenhum professor pode ganhar menos de R$ 2.134,00 – dois mil cento e trinta e quatro reais. “Mas esse é só o menor salário. Existe um plano de cargos, carreira e salários, que incorpora tempo de serviço, cursos, especialização, mestrado, doutorado, enfim. É preciso que o governo reveja esses cálculos de repasse aos municípios”, pede Arinaldo.

A APPM informa que a situação dos municípios piauienses vem ficando pior a cada dia. “Infelizmente, os prefeitos são obrigados a tirar recursos que deveriam ser aplicados em outras áreas. A situação é muito difícil. Estamos tentando negociar com o Governo Federal, já que a Lei de Responsabilidade diz que quando os recursos forem insuficientes, o gestor pode requerer a complementação. Só que o governo nunca atende a esses pedidos”, reclama o presidente da APPM.

Os prefeitos do Piauí se dizem acuados e alegam que 20% dos recursos do Fundeb são complementados pelo próprio município. Já o salário dos professores referente ao ano de 2016 teve o reajuste de 11%, exatamente o valor da inflação.
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