Josino Neto em entrevista a Eldorado Fm |
Numa entrevista exclusiva ao Painel Popular/FM Eldorado ele destacou que
sua ida ao Rio atendeu ao convite de uma tia que à época morava lá(hoje ela
reside nos Estados Unidos). "Fui o primeiro a ir, depois seguiram meus
irmãos. Nós somos 11, destes 7 moram no Rio de Janeiro, dois moram em Brasília,
um em Aracaju e outro em São Luís", lembrou Josino.
Quanto a adaptação, segundo ele, inicialmente, foi bastante complicada,
na medida em que seus pais moravam em Elesbão Veloso, e a saudade só aumentava
a cada dia. "Chorava bastante, a vontade de voltar era enorme, mas a gente
tenta de qualquer maneira vencer os obstáculos porque fui no intuito de
trabalhar, achar um emprego, até porque aqui não tinha, enfim...", disse.
Indagado a respeito das recordações de Elesbão Veloso naquele final da
década de 1960 começos de 1970, Josino Neto, assegura que recorda perfeitamente
a cidade e algumas pessoas. "Aqui cresceu muito, lembro-me de vários
lugares, estudei no Colégio Benedito Portela Leal, recordo as brincadeiras, a
gente viajava à Francinópolis, soltei pipa nas proximidades da casa do meu avô
Chico Tunico, joguei bola em um campo próximo ao colégio, recordo muita
coisa".
Josino Neto fala sobre sua vida no Rio: de funcionário da Varig a auxiliar e cartório |
Josino Neto é um dos filhos do casal José Lopes(Zezito), atualmente com
89 anos e vivendo no Rio aos cuidados dos filhos e Yolina(esta em memória,
faleceu em 2001), é primo do Marcos Lopes de Farias, o Marquinhos, ex-PM, dono
da "Churrascaria Lá de Casa", situada em frente ao Hospital Norberto Moura. Ele
conta que os pais foram tudo para família, pois ofereceram uma 'criação
exemplar', prova disto é que todos constituíram família e não seguiram por
caminhos tortu
Casado, pai de uma filha, atualmente com 29 anos,
funcionária pública, ela é casada com um professor de educação física é árbitro
de futebol, o casal tem um filho que está com três anos de idade. "Tenho
uma família maravilhosa, só tenho a agradecer a Deus por tudo", resumiu.
Servidor aposentado da VARIG, onde atuou na montagem de lojas da empresa
nos aeroportos, Josino disse que foi válida a experiência de ter trabalhado na
empresa, visto que conheceu grande parte do Brasil e exterior. "A Varig
era uma empresa familiar, pena que acabou, mas deixou saudades, a empresa
desandou por falta de administração, quem estava lá não queria o bem da
empresa", opinou.
Josino Neto torce vive no Rio há 45 anos e torce para o Vasco da Gama |
Apesar de aposentada, Josino optou por não parar de trabalhar, pelo
menos por enquanto, e assim, atualmente é auxiliar de cartório de registros e
imóveis, pois assegura ter ainda muita disposição para trabalhar.
Josino fez elogios ao povo carioca, segundo ele, em sua maioria
acolhedora e solidária. A esposa dele é carioca, filha de portugueses. “O
carioca é hospitaleiro, são pessoas boas, são como piauienses- bem
hospitaleiros, só sabe quem for ao Rio”, definiu.
Dono de residência fixa no bairro do Maracanã e trabalhando no Méier, o
ex-funcionário da Varig diz que gosta do Rio de Janeiro e que leva uma vida
normal. Nos mais de 45 anos, jamais vivenciou alguma situação delicada.
"Sou piauiense, elesbonense, mas consegui gostar do Rio, e acho que não
saio mais de lá, graças a Deus minhas raízes são aqui, mas já tenho raízes lá
também. Amo quando é para vir para o Piauí e para minha cidade, pra mim não tem
preço", relata.
Torcedor fanático do Vasco da Gama, Josino Neto disse que sempre que
pode vai a São Januário ou Maracanã assistir aos jogos do Gigante da Colina, cuja
paixão se deu desde sua chegada ao Rio de Janeiro. “São as cores que eu adoro
que eu gosto, a Cruz de Malta é demais”, disse. Sobre a rivalidade entre Vasco
e Flamengo, ele considera que é importante para o esporte, por outro lado
condena qualquer atitude antiesportiva com as brigas de torcedores. “Estou
feliz pelas últimas vitórias do Vasco sobre o Flamengo; acho, no entanto que as
pessoas precisam aprender a separar as coisas, precisar deixar a violência de
lado, a rivalidade entre esses dois times lá é acirrada demais; a bagunça e
baderna em dia de jogos existe, inclusive perto de casa já que eu moro muito
próximo ao Maracanã”, apontou.
Josino Neto com o primo Marquinhos Lopes. |
Após 10 dias de férias em Elesbão Veloso, Josino Neto retornou ao Rio de
Janeiro em 17 de julho. No final da entrevista ele disse que não importa o
tempo que passa na terra em nasceu. “O bom é estar aqui, não importa se um dia,
dois, três, uma semana, um mês, o bom é vir aqui e viver o momento”, encerrou.
Por José Loiola Neto
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