Conheça a história de Josino Neto, um elesbonense que vive no Rio de Janeiro desde os 14 anos de idade. Veja aqui

Josino Neto em entrevista a Eldorado Fm
Em rápido período de férias, circulou por Elesbão Veloso durante o último mês de julho, JOSINO GONÇALVES DA SILVA NETO, 59 anos, natural deste município, o qual deixou rumo ao Rio de Janeiro no começo de 1971, quando ainda tinha 14 anos.

Numa entrevista exclusiva ao Painel Popular/FM Eldorado ele destacou que sua ida ao Rio atendeu ao convite de uma tia que à época morava lá(hoje ela reside nos Estados Unidos). "Fui o primeiro a ir, depois seguiram meus irmãos. Nós somos 11, destes 7 moram no Rio de Janeiro, dois moram em Brasília, um em Aracaju e outro em São Luís", lembrou Josino.

Quanto a adaptação, segundo ele, inicialmente, foi bastante complicada, na medida em que seus pais moravam em Elesbão Veloso, e a saudade só aumentava a cada dia. "Chorava bastante, a vontade de voltar era enorme, mas a gente tenta de qualquer maneira vencer os obstáculos porque fui no intuito de trabalhar, achar um emprego, até porque aqui não tinha, enfim...", disse.
Josino Neto fala sobre sua vida no Rio: de funcionário da Varig a auxiliar e cartório
Indagado a respeito das recordações de Elesbão Veloso naquele final da década de 1960 começos de 1970, Josino Neto, assegura que recorda perfeitamente a cidade e algumas pessoas. "Aqui cresceu muito, lembro-me de vários lugares, estudei no Colégio Benedito Portela Leal, recordo as brincadeiras, a gente viajava à Francinópolis, soltei pipa nas proximidades da casa do meu avô Chico Tunico, joguei bola em um campo próximo ao colégio, recordo muita coisa".

Josino Neto é um dos filhos do casal José Lopes(Zezito), atualmente com 89 anos e vivendo no Rio aos cuidados dos filhos e Yolina(esta em memória, faleceu em 2001), é primo do Marcos Lopes de Farias, o Marquinhos, ex-PM, dono da "Churrascaria Lá de Casa", situada em frente ao Hospital Norberto Moura. Ele conta que os pais foram tudo para família, pois ofereceram uma 'criação exemplar', prova disto é que todos constituíram família e não seguiram por caminhos tortu

Casado, pai de uma filha, atualmente com 29 anos, funcionária pública, ela é casada com um professor de educação física é árbitro de futebol, o casal tem um filho que está com três anos de idade. "Tenho uma família maravilhosa, só tenho a agradecer a Deus por tudo", resumiu.
Josino Neto torce vive no Rio há 45 anos e torce para o Vasco da Gama
Servidor aposentado da VARIG, onde atuou na montagem de lojas da empresa nos aeroportos, Josino disse que foi válida a experiência de ter trabalhado na empresa, visto que conheceu grande parte do Brasil e exterior. "A Varig era uma empresa familiar, pena que acabou, mas deixou saudades, a empresa desandou por falta de administração, quem estava lá não queria o bem da empresa", opinou.

Apesar de aposentada, Josino optou por não parar de trabalhar, pelo menos por enquanto, e assim, atualmente é auxiliar de cartório de registros e imóveis, pois assegura ter ainda muita disposição para trabalhar.

Josino fez elogios ao povo carioca, segundo ele, em sua maioria acolhedora e solidária. A esposa dele é carioca, filha de portugueses. “O carioca é hospitaleiro, são pessoas boas, são como piauienses- bem hospitaleiros, só sabe quem for ao Rio”, definiu.

Dono de residência fixa no bairro do Maracanã e trabalhando no Méier, o ex-funcionário da Varig diz que gosta do Rio de Janeiro e que leva uma vida normal. Nos mais de 45 anos, jamais vivenciou alguma situação delicada. "Sou piauiense, elesbonense, mas consegui gostar do Rio, e acho que não saio mais de lá, graças a Deus minhas raízes são aqui, mas já tenho raízes lá também. Amo quando é para vir para o Piauí e para minha cidade, pra mim não tem preço", relata.
Josino Neto com o primo Marquinhos Lopes.
Torcedor fanático do Vasco da Gama, Josino Neto disse que sempre que pode vai a São Januário ou Maracanã assistir aos jogos do Gigante da Colina, cuja paixão se deu desde sua chegada ao Rio de Janeiro. “São as cores que eu adoro que eu gosto, a Cruz de Malta é demais”, disse. Sobre a rivalidade entre Vasco e Flamengo, ele considera que é importante para o esporte, por outro lado condena qualquer atitude antiesportiva com as brigas de torcedores. “Estou feliz pelas últimas vitórias do Vasco sobre o Flamengo; acho, no entanto que as pessoas precisam aprender a separar as coisas, precisar deixar a violência de lado, a rivalidade entre esses dois times lá é acirrada demais; a bagunça e baderna em dia de jogos existe, inclusive perto de casa já que eu moro muito próximo ao Maracanã”, apontou.

Após 10 dias de férias em Elesbão Veloso, Josino Neto retornou ao Rio de Janeiro em 17 de julho. No final da entrevista ele disse que não importa o tempo que passa na terra em nasceu. “O bom é estar aqui, não importa se um dia, dois, três, uma semana, um mês, o bom é vir aqui e viver o momento”, encerrou. 

Por José Loiola Neto
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