PAPO COM IDOSOS- Destemido no campo, vaqueiro "Boi Toco" em Elesbão Veloso revela ter medo de foguete.

Vaqueiro Antonio Boi Toco, 72 anos: contos da sua vida no quadro Papo com Idosos

Por José Loiola Neto/Destaques de Elesbão Veloso

Entrevistamos domingo passado para o quadro Papo com Idosos, o vaqueiro Antonio de Almeida, o "Boi Toco", 72 anos(15/05/1945), sendo ele morador da Rua Coronel Edmundo Soares, no Bairro de Fátima.

Conta que começou aos 13 anos a arte de ser vaqueiro na Fazenda do senhor Dino Barreto.

- Eu adoro ser vaqueiro, nasci para fazer isso, cuidar de gado, de cavalos. Gado, mulher e forró não deixo passar não.

Conta Boi Toco que todo os dias tem contato com animais, e isso muito lhe satisfaz. Acostumado a acordar cedo para ordenha de vacas, nos últimos anos suspendeu a atividade, mas o hábito de acordar cedo continua.

- Se você passar às 4h em frente a minha casa estou sentado, acordo muito cedo, desde moleque. Depois que comecei a trabalhar em curral não tenho sono de madrugada, mas eu durmo cedo, às 8h da noite já estou me preparando para dormir. De 1h da manhã pra frente estou atento, não tenho mais sono.

Filho de dona Valdivina Nonata da Silva e João de Deus Soares, ambos falecidos, ela morreu aos 104 anos ele quando estava com 99 anos de idade.

- Eles viveram bastante, e eu tenho que herdar um pouco disso dos meus pais. Faço 73 agora em maio e quero morrer apenas quando passar dos 100 anos.

Casado com dona Francisca Ferreira Viana, é pai de seis filhos, destes, dois residem em São Paulo, já tem também muitos netos.

No tocante a saúde, acha que está tudo bem, retirando um cansaço que tem ao forçar o caminhado, não tem outra reclamação, já que o coração está em dias e a visão é excelente.

Destemido, assegura que no mato não vê razão para se preocupar, por outro lado, revela ter medo de foguetes.

- Se eu ouvir barulho de foguete, passo mal.
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