REVISTAS SEMANAIS- Veja os destaques de capa das revistas deste domingo, 15 de julho 2018

Capa Revista Veja 2.591

VEJA Edição 2.591

Capa- A justiça brasileira

A quem interessa a desmoralização do Judiciário

Numa das mãos, a estátua da Justiça segura a balança, símbolo do equilíbrio. Na outra, um ioiô. Um dos muitos memes que circularam pela internet depois da sequência de acontecimentos provocada pela tentativa frustrada de petistas de libertar o ex-presidente Lula, o desenho reflete a perigosa imagem que a Justiça está consolidando. O episódio do ioiô refere-se ao “lula-­preso-lula-solto”, deflagrado pelo desembargador Rogério Favreto no domingo 8. Pode ter sido o evento mais ridículo protagonizado pela Justiça, mas está longe de ser o único. Em agosto passado, num período de menos de 24 horas, o empresário Jacob Barata, do ramo de transporte rodoviário no Rio de Janeiro, foi solto, depois foi preso e depois foi solto novamente. Há divergências intestinas dentro de um único tribunal — como o Supremo Tribunal Federal (STF), cujas turmas tomam decisões diametralmente opostas — e divergências igualmente viscerais entre tribunais diferentes. É carnavalização.


CARTA CAPITAL Edição 1.012

Capa- Em campo, o eleitor desanimado

Rejeição em alta, votos brancos e nulos aos magotes, a perspectiva do próximo pleito mostra um Brasil desesperançado
Enterradas as esperanças no futebol, após a queda da Seleção Canarinho diante do canário-belga, chegou a vez de o brasileiro entrar em campo para tentar organizar a própria cabeça e avaliar Michel Temer diante do retumbante fracasso do governo dele, nascido de um golpe do qual participou. A eleição para a Presidência da República está próxima, a menos de 90 dias. Apontam as pesquisas para uma fuga do eleitor, ou da política, que, em pouco menos de um ano, manteve praticamente no mesmo ponto a corrida pelos resultados. Vive-se no campo de futebol e na economia há um marasmo incômodo. Até agora, parte dos 140 milhões de eleitores deixou um buraco nas respostas das pesquisas. Em outubro de 2017, respondeu-se à pergunta sobre o voto espontâneo. Os pesquisadores colheram o seguinte resultado: a soma dos que disseram não saber, ou então não responderam, alcançou 23%. Brancos e nulos atingiram 30%


ISTOÉ Edição 2.534

Capa- Começa pra valer o jogo eleitoral

De acordo com a sabedoria das redes sociais, uma das maiores desvantagens do Brasil ter se despedido mais cedo da Copa do Mundo é que o País viu-se obrigado a voltar a discutir prematuramente suas notícias de sempre. E elas, pegando emprestado o termo adotado pela presidente do Superior Tribunal de Justiça, Laurita Vaz, são “teratológicas”. Além do vai-e-vem das tentativas e pedaladas do ex-presidente Lula para escapar da prisão, provocam também pesadelos as articulações para a mais imprevisível eleição do País desde a redemocratização. Às vésperas das convenções e da definição das alianças, os partidos tradicionais parecem caminhar na contramão dos anseios populares – ou seja, rumo ao abismo. Em que pese a irrefreável vontade do eleitor por um candidato capaz de personificar a renovação, em contraposição ao jogo surrado de velhos métodos e fórmulas, o “novo” acabou não sendo contemplado na cédula eleitoral. O espelho desse quadro desalentador são as pesquisas de intenções de voto, lideradas hoje não por um aspirante ao Planalto de carne e osso, mas por um elemento abstrato: “o branco, nulo e indeciso”. Em seguida, figuram candidatos que há tempos percorrem a estrada da velha política, mas travestidos de novidade encantam segmentos expressivos do eleitorado pelas beiradas do espectro político: Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT).


ÉPOCA- Edição 1.046

Capa- O que faz de Marília Mendonça, rainha da sofrência, a artista mais popular do Brasil

Com 4,7 bilhões de visualizações no Youtube, ela faz uma multidão entoar junto canções sobre fossa, traições e porres


Passavam das 23 horas em Votorantim, interior de São Paulo, quando a artista musical mais ouvida do país chegou ao ponto alto de seu show. Em frente a 10 mil pessoas, as luzes do palco apagaram, um globo espelhado foi posicionado e um piano de cauda começou a ressoar os primeiros acordes em tom de tristeza. A toada lenta e o ambiente sombrio ganharam vida quando uma voz forte e grave rompeu a pausa projetada pelo instrumento: “Exagerado, sim”, disse o primeiro verso, enquanto centenas de luzes refletidas pela esfera de vidro iluminaram a estrela da apresentação. A canção seguiu num crescendo ritmado até que explodiu no refrão, quando todas as desilusões amorosas do público pareceram se unir em uma só voz: Não finja que eu não tô falando com você/Eu tô parado no meio da rua/Eu tô entrando no meio dos carros/Sem você a vida não continua, gritou a cantora. Se ao fim da música a sertaneja Marília Mendonça precipitou centenas ao choro e a lembranças irracionais de ex-parceiros, é porque entregou o que pagaram para ouvir e fez jus ao epíteto que ganhou após o sucesso: Rainha da Sofrência.
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