Delirante e abandonado em praça de Elesbão Veloso, pedinte "Cruzeirão Pochá" volta a dizer que tem 350 anos e assume que estar doente: "estou muito fraco"


Por José Loiola Neto/Destaques de Elesbão Veloso

No começo da noite dessa quinta-feira(21 de março)  conversei ligeiramente por cerca de 5 minutos com o pedinte "Cruzeirão Pochá, que vem enfrentando problemas de saúde nos últimos dias.
Pochá, que chegou a Elesbão Veloso no final do ano 2000 e não mais deixou a cidade vem apresentando sinais de mau de Parkinson, além disso, muito inchaço pelo corpo muito provavelmente após ter sido picado por um inseto.

Importa lembrar que durante a semana passada Pochá que aparenta entre 70 e 75 anos esteve internado em um dos leitos do Hospital Norberto Moura.

Durante anos, certamente por mais de uma década e meia, Cruzeirão morava em uma área de terra às margens da Avenida Florentino Sampaio Veras(antiga Estrada Nova), entorno do terminal rodoviário.

Sabe-se que nos últimos dias, perversamente roubaram algumas ferramentas do idoso, incluindo um carrinho de mão, enxada, foice, facão e cavador, utilizados na labuta de afazeres no local em que morava.

Nas última semanas, no entanto, o pedinte tem ficado nas cercanias da Praça Santa Teresinha, dorme debaixo da cobertura existente no Complexo Zezi Soares.

Foi lá que rapidamente conversei com ele que permaneceu deitado durante todo o tempo. O papo fluiu bem, mas as palavras de Pochá como sempre são desencontradas e sem nexo, tanto que novamente chegou a cravar que tem 350 anos de idade, conforme antecipado ano passado.

Desta feita disse que nasceu na cidade de Panelas-PE, ao contrário do que dissera em 2018, que tinha vindo do Sul do pais.  Disse que o nome do seu pai é Júlio, perguntado sobre mãe e irmãos, ele nada revelou, nem se já teve esposa e filho.

Pochá denunciou que 4 elementos agiram derrubando seu barraco, isso aconteceu, segundo ele a plena luz do dia. Em conversa com um vizinho próximo ao complexo, ele disse que Pochá tem sofrido bastante, considerando o período chuvoso na cidade, já que a água invade o local o deixando completamente molhado.

A história do pedinte Pochá é complicada e difícil de compreender, visto que ele não tem identidade, sequer sabe seu nome, idade, parentes ou de onde veio. Fato é que o idoso garante que não mais deixará Elesbão Veloso.

Com a saúde debilitado, Pochá procura sombra para aconchego durante o dia e a noite tenta se refugiar do frio. A vizinhança e até pessoas de outros pontos de Elesbão Veloso tem sido solidários, levando comida: café, almoço e janta.

Resistente e teimoso Cruzeirão descarta morar numa outra casa que não seja a sua, uma choupana que segundo ele foi destruída por marginais.

De  modo geral, Cruzeirão Pochá está muito doente. Isolado e sem querer ajuda sua situação tende a piorar.

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