ÉPOCA Edição 1.187
Capa- COMO ROGÉRIO ANDRADE, SOBRINHO DE CASTOR, VIROU O REI DO JOGO DO BICHO
Desde a morte do maior nome da contravenção no Rio, em abril de 1997, dois grupos disputam à bala o comando de pontos de jogatina e máquinas caça-níqueis na Zona Oeste da cidade; a contenda já resultou em mais de 200 homicídios.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca.
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ISTOÉ Edição 2674
Capa- CPI, do fim do mundo
Bolsonaro no banco dos réus
Presidente fracassa na tentativa de barrar a CPI que vai expor seus crimes em série na pandemia – nem a ameaça direta a ministros do STF funcionou. Crise o deixa ainda mais isolado e deve ser decisiva para o futuro da sua gestão
Bolsonaro achou que tinha conseguido se blindar ao patrocinar a eleição da atual direção do Congresso. Para ele, o escandaloso balcão de negócios com emendas e cargos que bancou no Legislativo afastaria a ameaça de impeachment pelos crimes de responsabilidade em série que cometeu. Era uma ilusão. Menos de dois meses depois, vive um choque de realidade. A abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na última terça-feira, 13, deve expor publicamente, em detalhes, todas as ações irresponsáveis que levaram o Brasil a se tornar o epicentro da pandemia no mundo, com 370 mil óbitos — quase 4 mil por dia. Há muitas dúvidas sobre a efetividade da CPI, e várias tiveram resultados pífios mesmo lidando com temas sensíveis. Mas o grau de nervosismo do presidente e a gravidade da crise política, sanitária e econômica evidenciam que ela pode mudar o curso do governo Bolsonaro.
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VEJA Edição 2734
Reportagem de capa- Favorecido por decisão do STF, Lula intensifica articulações políticas para 2022
Embora evite se declarar candidato à Presidência, o petista e aliados se movimentam incansavelmente em busca de apoios nas mais variadas frentes, dos templos evangélicos à Faria Lima
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REVISTA OESTE Edição 56
Capa- A AGLOMERAÇÃO DOS INVISÍVEIS
Medidas elitistas ignoram a realidade das periferias e do transporte público, e põem em xeque as determinações impostas de dentro dos gabinetes
É no bairro de Cidade Tiradentes, na periferia leste de São Paulo, onde se espraiou um dos maiores conjuntos habitacionais da América Latina, que o gabinete da covid-19 do governo João Doria começa a perder a batalha da narrativa do confinamento contra a pandemia — e também onde se começa a entender como é a vida do brasileiro que não pode (nem nunca pôde) ficar em casa um único dia nos últimos 13 meses, desde que o vírus chinês chegou ao país. “A periferia entendeu o jogo rápido e também se virou rapidamente, pois nunca parou. Quem tinha uma garagem ‘deu um tapa’ e montou algum negócio a meia-porta. E a vida no trem e no metrô nunca mudou”, afirma Alessandro Santana, de 41 anos, que trabalhava, com uma perua Kombi, recolhendo sucata para revenda. Morador do bairro, ele é um dos personagens que ajudaram a ilustrar esta reportagem.
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