Psicóloga Jorisa Pereira aborda Maio Laranja, preventivo ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

  

Por Jorisa Pereira Cavalcante*

O Maio Laranja é marcado pela data de 18 de maio, mas que é uma campanha que se estende a todos os dias que é A luta do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O objetivo da mobilização é convocar toda sociedade brasileira para o compromisso de proteger as crianças e adolescentes.

É importante pautar a diferença entre abuso sexual, exploração infantil, assédio sexual e importunação sexual. Lembrando que todos esses são crimes de violência sexual.

O abuso envolve o contato sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, a situação toda já é muito grave, principalmente quando se trata de abuso com criança, por ela não ser capaz de entender esse contato sexual, não ter como resistir a ele, se tornando alvo mais fácil do abusador, trazendo graves sequelas psicológicas, físicas para essa criança ou adolescente.  

A exploração sexual é a prática sexual pela qual se obtém lucro, quando se paga para ter uma relação com uma pessoa inferior a 18 anos.
 

O assédio sexual não precisa necessariamente haver contato físico para que haja a agressão, são brincadeiras, palavras constrangedoras, brincadeiras de teor sexual, tentativas de toque sem permissão da outra pessoa.
 

A importunação sexual, é a nomenclatura do crime e é recente no Brasil, consiste em qualquer ato que seja prazeroso pro agressor e que seja constrangedor para a vítima, antes de ser chamado de importunação sexual, o crime era configurado como contravenção penal e resultava apenas em multa para o agressor. Com a nova tipificação, a pena pode ir de um ano a cinco anos de prisão.um exemplo de importunação sexual é passar a mão em outra pessoa, é passar perto e ter contato com as partes intimas, isso é muito comum em espaços públicos como nos ônibus.
 

SINAIS QUE AJUDAM IDENTIFICAR UM POSSÍVEL ABUSO SEXUAL: 

• Mudança no comportamento repentina, quando a pessoa é de um jeito e passa a ser o oposto;

• Fugir do contato social e preferir ficar sozinho;

• Choro fácil, tristeza, solidão, angústia e ansiedade;

• Quando a vítima é uma criança ela pode até mesmo adoecer ou fugir do contato com os outros;

• Inchaço, vermelhidão, laceração ou fissuras nas partes íntimas;

• Perda do controle da urina e das fezes devido a fatores emocionais ou frouxidão dos músculos desta região devido ao estupro;

• Marcas roxas pelo corpo e também nas partes íntimas;

Para comprovar o abuso sexual, a vítima deve comparecer a uma delegacia de polícia, de lá, ser encaminhado aos órgãos competentes, a pessoa violada deve ser observada por um médico para realizar exames que possam identificar lesões, DSts ou possível gravidez, todos esses passos contribuirão para a investigação do caso. Além disso, é importante que o trauma emocional seja tratado com a ajuda de psiquiatra e psicólogo para lidar com as consequências do abuso.
 

É importante ressaltar que o apoio da família e dos amigos é de extrema importância, para que haja um forte vínculo de cuidado e proteção entre a vítima e sua rede de apoio, até que se recupere física e emocionalmente, a vítima irá apresentar marcas profundas, como, dificuldade de se alimentar, pesadelos, desconfiança, medos, agressividade, baixo rendimento, dificuldade em se abrir e se relacionar com amigos e familiares.

Procure a delegacia, o conselho tutelar e o CREAS.

* Jorisa Pereira Cavalcante é psicólogoa com pós-graduação em tanalogia

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