ISTOÉ Edição 2685
Capa- O Zé Dirceu de Bolsonaro
O verdadeiro capitão do time
Bolsonaro transformou o governo em um condomínio de interesses escusos. A CPI da Covid desvendou um personagem central dessa operação, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. Seu nome é ligado a operações bilionárias de compras de imunizantes
A sucessão de escândalos de corrupção no governo Bolsonaro continua em ritmo alucinante. A CPI da Covid não desnudou apenas a orientação negacionista na Saúde e o gabinete paralelo que atuava à revelia dos técnicos e das autoridades. Mais importante, elucidou a essência corrompida do governo. Enquanto o presidente, seu grupo pessoal e as milícias digitais cuidavam do combate ideológico, uma teia de interesses escusos era operada nos subterrâneos por grupos que miram o dinheiro público. O presidente não entregou o governo ao Centrão apenas para fugir do impeachment. Encontrou nele um operador essencial. E o grupo fisiológico encontrou seu parceiro ideal.
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VEJA Edição 2745
Reportagem de capa- APETITE EXAGERADO- Populista e eleitoreira, proposta de reforma tributária subverte os princípios liberais
Texto apresentado à Câmara contradiz discurso econômico do governo ao aumentar impostos para a classe média, empresários e investidores
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem um especial apreço pela expressão “tirar o governo do cangote” do cidadão e do empresário. Em dois anos e meio no governo, já usou a frase para se referir às privatizações, para mudanças nas leis trabalhistas e para a necessidade de diminuir os impostos no país. Com esse discurso, ele ganhou a confiança do setor produtivo, que o vê como um aliado dentro do do governo de Jair Bolsonaro.
Tal alinhamento sofreu um severo abalo nos últimos dias com a entrega da proposta da segunda fase da reforma tributária, na sexta-feira 25, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Nem tanto pelas medidas, já que algumas delas vinham sendo abertamente divulgadas, mas por trazer algo que poucos esperariam de um governo que se diz liberal: o aumento da carga de impostos para empresas, investidores e boa parte dos cidadãos.
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REVISTA OESTE Edição 67
Capa- PRECISAMOS FALAR SOBRE A CORONAVAC
A vacina recebida pela maioria dos brasileiros enfrenta um surto de perguntas sem resposta
A vacina recebida pela maioria dos brasileiros enfrenta um surto de perguntas sem resposta
O que esperar de uma cidade que já vacinou mais de 95% da população contra a covid-19? Comércio e escolas abertos, bares e restaurantes funcionando normalmente, gente praticando esportes e andando nas ruas sem máscara. Aquela vida normal que tínhamos até sermos atingidos pela maior e mais devastadora pandemia do século. Em boa parte dos Estados Unidos, Israel e nações do continente europeu, esse é o cenário real desde que o ritmo da vacinação acelerou-se. Mas a pacata Serrana, no interior paulista, mesmo depois de imunizar quase toda a população, continua na mesma. O município segue estritamente as regras do Plano São Paulo estabelecidas pelo governador João Doria (PSDB) e seu conselho de “especialistas em ciência” que formam o Centro de Contingência. Por lá, a vida permanece no “modo pandêmico”: comércio, bares e restaurantes com horários restritos, controle de ocupação, uso de máscara obrigatório até mesmo ao ar livre, nada de eventos, festas, comemorações. A ordem é manter as orientações de quem ainda não recebeu nenhuma dose de vacina.



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