ISTOÉ Edição 2692
Capa- Ou o Brasil acaba com Bolsonaro. Ou Bolsonaro acaba com o Brasil
Ele caminha para a ruptura. As instituições não vão permitir
O presidente, que jurou obedecer a Constituição, comunicou que prepara um “contragolpe” e, para isso, convocou manifestações de rua. Não há espaço para a hesitação. A resposta da sociedade deve ser dura e envolve o impeachment
Ainda há muitas dúvidas sobre o cenário eleitoral de 2022, mas já existe pelo menos uma certeza: as chances de Jair Bolsonaro se reeleger diminuíram dramaticamente. Pesquisas registram sucessivos recordes de desaprovação ao seu governo, agora na casa de 60%. E ele perde para todos os adversários no segundo turno. O problema não é apenas o derretimento na popularidade. A conjuntura econômica cada vez mais adversa, a ação criminosa na pandemia e os resultados medíocres do governo em todas as áreas estão selando o destino do presidente, que encontra uma única alternativa para se manter no poder: subverter o processo eleitoral. Bolsonaro sempre defendeu o golpe, e suas bravatas estão se transformando em ações.
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VEJA Edição 2752
Reportagem de capa- Vitória do Talibã é alerta mundial para a explosiva combinação de política e religião
Volta ao poder dos extremistas no Afeganistão comprova que, vinte anos depois do 11 de setembro, o fundamentalismo segue uma ameaça à humanidade
>> Entrevista a VEJA- 'Os EUA continuarão de olho no Afeganistão', diz comandante da ação que matou Bin Laden
>> Carta ao Leitor- Avanço dos radicais representa, para além do totalitarismo, um ataque à natureza do islamismo
>> TSE- A razão contra o ódio: quem é o corregedor que assumirá processos contra Bolsonaro
>> OLHOS ABERTOS - Noites em vigília: não dormir prejudica o equilíbrio das defesas do corpo -
>> Covid-19- A ciência investiga saídas para a pandemia de insônia que tomou o mundo
>>Internet- As mentiras espalhadas pela Gettr, rede social criada por ex-assessor de Trump
>> O MESTRE - Chuck Norris com Lee em O Voo do Dragão: discípulo do lutador -
>> Cultura- Biografia joga luz sobre o notável legado de Bruce Lee para o cinema
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REVISTA OESTE Edição 74
Capa- A JUSTIÇA CONTRA A LIBERDADE
Ao longo de mais de uma década de governos do PT, a sociedade brasileira conviveu com a ameaça constante de que, mais dia, menos dia, teria de engolir o fim da liberdade de imprensa. Tratava-se de uma pauta que surgiu em 2004, durante a gestão Lula, quando os ex-ministros Luiz Gushiken e José Dirceu tentaram criar um Conselho Federal de Jornalismo para “orientar, disciplinar e fiscalizar” a profissão, com punições estabelecidas em lei. A investida foi abortada pela descoberta do mensalão. Com a vitória de Dilma Rousseff seis anos depois, Franklin Martins tentou ressuscitá-la, em vão, com o nome de Controle Social da Mídia — em ambos os casos, pode chamar de censura que eles atendem. Eis que, em 2021, a mordaça finalmente começou a ser aplicada. A ordem, entretanto, veio do outro lado da Praça dos Três Poderes.
A perigosa escalada contra a liberdade de expressão no Brasil ganhou alicerces com a instalação do famigerado inquérito das fake news pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020. Na época, o então presidente da Corte, Antonio Dias Toffoli, convenceu seus colegas togados de que “a integridade e a honorabilidade” deles e de seus familiares estavam ameaçadas. Toffoli estava incomodado havia um ano, desde que uma reportagem da revista Crusoé o chamou pela alcunha de “o amigo do amigo do meu pai”, expondo as relações pouco republicanas que mantinha com a empreiteira Odebrecht quando exercia o cargo de advogado-geral da União. O relator indicado para arbitrar sobre o que é e quem estaria disparando notícias falsas na internet foi Alexandre de Moraes.
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