ISTOÉ Edição 2712
Capa: A praga Bolsonaro precisa ser extirpada do Brasil
País não suporta um novo governo Bolsonaro
A derrota de Bolsonaro nas eleições não representa apenas um salutar movimento de alternância no poder. Ela é necessária para evitar que o bolsonarismo se constitua em movimento perene de ameaça à ordem institucional
Todas as eleições presidenciais desde a redemocratização foram vitais e colocaram a sociedade diante de escolhas difíceis. Não será diferente agora. Mas, neste ano, há uma diferença importante. O próprio fundamento da Constituição estará em jogo. Se o atual presidente conseguir permanecer no posto, há o risco de que os seus ataques à democracia saiam fortalecidos. Desde que a reeleição foi introduzida, todos os presidentes conseguiram renovar seus mandatos, beneficiando-se da máquina pública. Apesar da baixa popularidade (a rejeição ronda os 60% dos eleitores nas principais pesquisas), Bolsonaro mantém o apoio de cerca de um quarto do eleitorado. Ele tem chances reais de se reeleger.
Até o momento seu ímpeto golpista foi contido pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de inquéritos que investigam as milícias digitais bolsonaristas, os atos antidemocráticos e a interferência na Polícia Federal. O cerco judicial, até o momento, conseguiu limitar os ataques à democracia, freando o financiamento dos seus autores e bloqueando a monetização da indústria de fake news.
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VEJA Edição 2772
Capa: EXCLUSIVO- 'Eleger Lula ou Bolsonaro é suicídio', diz Sergio Moro em entrevista a VEJA
Ex-juiz afirma que entregar o país ao petista é dar aval à roubalheira, que o atual presidente é leniente com a corrupção e que ele é o único candidato da terceira via com chances de vencer a eleição. E MAIS...
>> Covid-19- Pandemia em nova fase: em vez do isolamento total, é hora de aprender a conviver com o vírus
>> Carta ao Leitor: Não faz sentido algum politizar a vacina – ela é a porta de saída da crise sanitária
>> Política: Na campanha de Lula, plano do PT é apagar da história a ex-presidente Dilma
>> ALERTA - Exaustão no trabalho: dificuldade em tarefas rotineiras é sinal de perigo
>> Saúde: Classificado como doença ocupacional, burnout ganha a atenção que merece
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REVISTA OESTE Edição 95
Capa: ELES ESTÃO DE VOLTA
Vinte anos depois, o PT tenta retornar ao poder conduzido pelo mesmo grupo assombrado por um fantasma: Celso Daniel
Há 20 anos, o grupo que comandava o Partido dos Trabalhadores, liderado por José Dirceu, vislumbrou uma possibilidade real de colocar em prática o seu projeto de poder no país. Com alguns arranjos políticos, muito dinheiro surrupiado e uma estampa palatável para Lula, eles teriam condições de chegar ao Palácio do Planalto depois de três derrotas seguidas.
Naquela época, além de Dirceu — para quem Lula entregou a faixa de capitão do time logo depois de eleito —, o PT era conduzido pelo ex-guerrilheiro do Araguaia José Genoino, o ex-seminarista Gilberto Carvalho, o despachante Silvio Pereira e “a turma do ABC”, dividida entre a ala dos sindicalistas, com Luiz Marinho e Vicentinho à frente, e os chamados “intelectuais”, cujo expoente era Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André.
Dessa lista, Celso Daniel foi o único que ficou pelo caminho. Era um quadro discreto, respeitado no meio acadêmico — dava aulas na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Fundação Getulio Vargas (FGV) —, e fizera da sua prefeitura um verdadeiro caixa de propina para o projeto petista de poder — aos seus olhos, um roubo altruísta. Foi encontrado morto na manhã de 20 de janeiro de 2002, dois dias depois de ter sido sequestrado. O corpo estava cravejado por oito tiros numa estrada vicinal em Juquitiba, às margens da Rodovia Régis Bittencourt.
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