Por: José Loiola Neto
Após 33 anos militando no Partido dos Trabalhadores-PT, Marta Suplicy entregou carta de desfiliação ao partido na última terça-feira. O documento foi destinado ao diretórios nacional, estadual e municipal. A ex-prefeita de São Paulo e atual senadora acusa a sigla de protagonizar um dos maiores escândalos da história do país. Ainda conforme Marta, o partido rompeu com princípios éticos e morais considerados fundamentais. Apesar de o PT já ter deixado claro que pretende obter o mandato dela na justiça, a senadora se diz tranquila.
- Nós temos uma manifestação do Procurador Geral da República dizendo que mandato majoritário é do senador, é do mandatário, que usa a estrutura partidária, mas o voto que é dado é na pessoa e eu fui votada por mais de 8 milhões de pessoas e eu devo esse mandato a mais de 8 milhões de pessoas que colocaram sua confiança em mim e vou honrar esse voto que me deram., falou Marta
A senadora ainda disse durante entrevista a jornalista em São Paulo que se sentia deslocada no partido. No entanto, o presidente do diretório municipal do PT em São Paulo, Paulo Fiorilo nega e assegura que o PT deu todos os espaços para as disputas que a senadora participou.
- Parece ser uma postura muito mais individual dela, dos seus interesses e ela também terá de responder. O PT vai fazer esse debate em um momento oportuno, recebemos a carta hoje, depois vamos decidir qual instância vamos fazer os encaminhamentos para a partir daí tomar as providências necessárias, alou Fiorilo.
Marta Suplicy, de 70 anos, disse que ainda não decidiu qual partido vai ingressar, adiantou, no entanto que as conversas com o PSB estão bastante avançadas. É intenção do partido lançar sua candidatura para concorrer a prefeitura de São Paulo em 2016. Ela mesmo admitiu a possibilidade.
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