Nascido na localidade Amescoa, zona rural de Elesbão Veloso, o senhor José Miguel Alves de Anchieta ou simplesmente Zé Miguel, 79 anos (25/06/1938) um dos filhos do casal Miguel Alves de Anchieta e Luisa Alves Ferreira(ambos falecidos).
Em princípio, ele e a esposa dona Francisca Soares da Silva constituíram família lá mesmo na localidade Amescoa, vieram depois morar em Elesbão-- a partir de 1979 junto com os seis filhos-- 3 homens e 3 mulheres.
- Minha esposa tinha um problema de saúde, primeira ficamos na casa de uns parentes no Capitão Mundoco, mas depois resolvemos comprar uma casa aqui na cidade, e passamos a morar aqui. disse Zé Miguel ao Papo com Idosos, quadro do Painel Popular da FM Eldorado.
Seu Zé Miguel, 79 anos, foi vigilante dedicado ao Nogueirão |
- Hoje em dia os vigias estão ganhando bem. Não vigiam a noite, somente durante o dia. Na minha época eu dava plantão completo de 24 horas e zelava tudo ali. Cuidava de tudo.
No tocante a saúde, quando perguntado, Zé Miguel disse está um pouco "fuçado", pois está com uma hérnia, além disse sofre com problemas de pressão arterial alta, colesterol alto e diabetes.
- Já passei por cirurgia para retirada de cistos na região lombar.
Seu Zé Miguel nasceu na localidade Amescoa |
- Sinto também uma sonolência. Eu durmo três vezes durante o dia.
A atuação no roçado se deu até bem pouco tempo, e só foi abreviado por conta dos constantes problemas de saúde. Zé Miguel garante que sempre viveu e manteve a família por meio da atividade rural.
- Eu tive certa dificuldade para criar minha família porque ali mais atrás tudo era difícil, mas com muita raça eu consegui. Eu retirava estacas de sabiá para vender, tirava madeira para serraria, eu comprava e vendia galinha, vendia o que eu plantava e colhia para o Vanderil, o Jão Soares, fiz de tudo para não deixar faltar nada para a mulher e os filhos.
Zé Miguel ex-vigilante do Nogueirão e agricultor dedicado |
- Eu guardava alguma coisa, Numa época minha esposa adoeceu e eu precisei vender pelo menos 7 hectares que tinha plantado nas Cajazeiras. Vendi todo o arroz que dava para comer durante um ano e 30 sacos que milho.
Nosso entrevistado encerrou lembrando que grande parte da sua vida foi em solo elesbonense, salvo uma única vez em que teve que se deslocar até Imperatriz-MA em face a morte de um de seus irmãos.
- Ele morreu vítima de de acidente então fui e fiquei lá até passar o sétimo dia.
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