PAPO DE BOLA: Jornalista Didimo de Castro prepara lançamento do livro "Na Trajetória dos 90". Narrador da Pioneira de Teresina falou ao Painel Popular. Confira

Jornalista Didimo de Castro prepara lançamento do livro Na Trajetória dos 90

Por José Loiola Neto/Esporte Local

Neste sábado(24/2) à tarde, um dos ícones do rádio esportivo no Piauí, o jornalista e radialista Didimo de Castro da Rádio Pioneira e TV Cidade Verde de Teresina falou ao Quadro Papo de Bola da FM Eldorado e entre outras coisas disse da expectativa quanto o lançamento do seu mais novo trabalho literário.

Intitulado "Na Trajetória dos 90" em alusão ao bordão em que utiliza durante as transmissões esportivas na Rádio Pioneira, o livro que trará um "punhado recheado" da vida daquele que tem 55 anos de muita dedicação ao rádio será lançado na próxima sexta-feira, dia 2 de março, a partir das 17h, no Sesc/Ilhotas com transmissão ao vivo dentro do Programa Microfone Aberto, apresentado por ele na emissora católica.

Didimo disse que o livro conta em detalhes sua promissora carreira, traz também a relação de todos os troféus, medalhas, diplomas e títulos recebidos ao longo da carreira, faz também uma abordagem acerca de jornadas locais, nacionais e internacionais. O livro dedica  um capítulo inteiro e faz referência a cartas recebidas pelo comunicador. Uma história longa. São 235 páginas de um livro colorido, produzido pela gráfica da Halley, atendendo a um padrão requintado.

- Eu estou tendo a expectativa que tenha uma aceitação muito boa em Teresina e em todo o estado do Piauí.

No campo literário, este não é o primeiro trabalho do jornalista Didimo de Castro, que já escreveu um livro sobre o Piauí EC, contando a trajetória do clube, à época em que era conhecido como "Piauizão Vibrante", prova disto é que se consagrou tetracampeão piauiense e revelou grandes e extraordinários jogadores como Sima, Nonato Leite, Pila e tantos outros.

- O livro era intitulado Zé do Povo, Piauizão Vibrante porque o povo era Piauí, era um time pequeno começando no futebol piauiense e o Carlos Said chamava de Zé do Povo, depois passou a se chamar Piauizão Vibrante, que foi uma denominação dada pelo repórter Aloisio de Castro. Também escrevi o livro com o título "Gol Contra da Imprensa Esportiva", nesse livro eu conto porque a imprensa esportiva brasileira está cometendo um erro na linguagem e ai eu abordo essa questão, é um livro muito importante e que presta um serviço ao aprimoramento da imprensa esportiva do Piauí de modo especial, mas a brasileira também.

Em torno desse trabalho-- o livro  "Gol Contra da Imprensa Esportiva" Didimo fez palestra em Congresso da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos- ABRACE abordando o tema. O radialista também escreveu para revistas contando histórias do River, Flamengo, Sociedade Esportiva Tiradentes. O livro Na Trajetória dos 90, uma história de trabalho e paixão pelo rádio, TV e o esporte ficará a disposição em livrarias e bancas de revistas após o seu lançamento na sexta-feira.


Ao Papo de Bola ao fazer uma análise da carreira de 55 anos até aqui, Didimo disse que considera bastante proveitosa e lembrou que iniciou sua trajetória no rádio piauiense em Teresina com o colega Carlos Said na Rádio Difusora, depois passou para Rádio Pioneira, onde está até hoje. Mas sua experiência é vasta, já andou por grande parte do Brasil e exterior.

- Cobri seis copas do mundo, a do Brasil recentemente, estive também na Alemanha, França, Espanha, Argentina, Estados Unidos e África do Sul, além de cobrir diversas partidas da seleção brasileira em Eliminatórias de Copa, Copa América no Uruguai, na Argentina, Chile, Bolívia, de forma que considero vitoriosa minha carreira, graças a Deus.

Além da afinidade com o microfone, excelente narrador esportivo que é, Didimo de Castro foi bancário no Banco do Nordeste, estando no momento aposentado. No tempo em que atuava na instituição financeira confessa que soube conciliar a parte de comunicação com a vida de bancário. O radialista se diz um tanto preparado, prova disto é que os livros sempre estiveram na pauta.

- Eu estudei, fiz curso de programação econômica e planejamento administrativo na área de economia na UFPI, fiz um curso de comunicação pela UFPI e PUC-RJ, de forma que foi uma luta muito grande para conseguir tempo para desenvolver todas essas atividades. Mas foi possível, consegui e estou narrando todos esses detalhes nesse livro que irei lançar na sexta-feira.


Didimo sobre o Futebol Piauiense: "temos a pior safra de dirigentes dos últimos tempos"

Questionado sobre o declínio do futebol piauiense nos últimos anos, tanto que o Piauí não é mais o "Piauizão Vibrante" de outrora, o Tiradentes de forte tradição desativou o time de futebol masculino, Ríver e Flamengo que faziam o tradicional Rivengo com casa cheia no Albertão regrediram. O jornalista cravou que o problema do futebol no estado é administrativo, já que no passado, os clubes tiveram excelentes dirigentes ao longo dos anos, mas infelizmente de uns anos para cá "surgiu a pior safra de dirigentes no futebol piauiense".

- São pessoas que venderam e se aproveitam do patrimônio dos clubes, embolsaram dinheiro do que venderam e abandonam, deixaram ai de qualquer maneira. Hoje, o Flamengo não tem um campo para fazer um treino, não tem diretoria, está numa situação crítica, um clube que tem uma torcida enorme aqui em Teresina e reversa com o Ríver a primazia de maior torcida do futebol piauiense. O problema é administrativo, está faltando dirigentes competentes e que tenham um pouquinho de amor pelo futebol, pelo clube, porque isso acabou por aqui.
 Como forma de melhorar e dá outro rumo ao futebol piauiense, há pouco mais de dois anos, Didimo de Castro disse que elaborou um projeto de marketing esportivo promocional para o futebol. Estudioso de marketing esportivo, o jornalista afirma que produziu o trabalho e entregou ao presidente da Federação de Futebol do Piauí-FFP Cesarino Oliveira, mas os clubes não deram a mínima importância.

- Os clubes não demonstraram nenhum interesse, os dirigentes não estão nem ai, para eles não interessa se tem time bom ou ruim, se tem público no estádio ou não tem, para eles não faz diferença, mas tive a satisfação de ter produzido este trabalho, tenho um exemplar desse trabalho que eu julgo como uma saída para melhorar e que aponta para aonde o futebol deve ir para melhorar.

Para Didimo, o baixo público nos estádios do Piauí é reflexo dos desmandos nos clubes porque o torcedor percebe que estão vendendo o seu clube, vendendo o patrimônio e embolsando o dinheiro, o torcedor percebe que os dirigentes não estão trabalhando e que impera uma desorganização absurda, afugentando os torcedores dos estádios.

- Um dos casos principais é o Flamengo, que quando joga não tem quase ninguém para assistir porque os torcedores que manifestam com sua ausência o descontentamento, o que não resolve, o que resolve é protestar contra os dirigentes. O Flamengo tem a pior campanha no estadual e esta semana os jogadores nem treinaram, ficaram sentados no Campo do Jockey Club que está emprestado para o time treinar, os jogadores disseram que não iam treinar porque estavam com dois meses que não recebem salários.

O jornalista também analisou as atuações dos times piauiense na Copa do Brasil. No caso do Parnahyba, Didimo vê como dramática a eliminação para o Coritiba, pondo certa culpa na arbitragem que resolveu estender a partida por um período um tanto prolongado.

- Estava todo mundo comemorando a classificação do Parnahyba, mas o árbitro estendeu o jogo até os 52 minutos e numa cobrança de escanteio o time do Paraná empatou e ficou com a vaga. O Altos em Bragança Paulista sofreu gol aos 49 minutos do segundo tempo. É um prejuízo muito grande, principalmente para o Parnahyba que deixou de ganhar R$ 600 mil e Altos deixou de ganhar R$ 1 milhão, 400 mil, as eliminações custaram um prejuízo de R$ 2 milhões para o futebol piauiense.
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