Presidente do Sinte-PI Paulina Almeida alfineta governador e deputados que derrubaram reajuste para professores na Alepi e acredita em desfecho judicial favorável à categoria: "O dinheiro está nos cofres desde janeiro"

Presidente do Sinte-PI Paulina Almeida falou ao Painel Popular

Por José Loiola Neto

A segunda greve de professores no Piauí este ano(a primeira foi no começo do ano-- entre fevereiro e março) acaba de completar dois meses. Convida a falar sobre o movimento, a presidente do Sinte-PI disse acreditar em desfecho judicial favorável a categoria.

Ao Painel Popular, Paulina Almeida que a greve é legal e está sólida, prova disto é que 70% das escolas públicas no Piauí estão em greve, sendo que a expectativa do Sinte a decisão da justiça seja favorável aos profissionais em educação.

- Estamos confiantes porque esse acordo foi firmado em 12 de março num período bem anterior ao período de 180 dias que contam o período eleitoral, nossa expectativa é que sejamos vencedores.

Nos próximos dias a justiça eleitoral deverá se pronunciar sobre o pleito do Sinte-PI, que reivindica junto ao governo o pagamento de 6,81% de reajuste referente ao piso nacional da categoria e ainda aumento de 3,95% para os funcionários.

A presidente diz estar confiante a um desfecho favorável aos professores na justiça porque o Sinte-PI está cobrando simplesmente algo que passa pela valorização profissional, aquilo que em essência trata com relação ao piso nacional.

- O dinheiro para esse pagamento já está nos cofres desde janeiro, é um dinheiro assegurado e eu não sei para onde foi esse dinheiro, por isso é nossa expectativa que a gente saia vencedores na justiça.

Indagada sobre a possibilidade de cancelamento do ano letivo por conta da greve de professores,
Paulina lembrou que se tão logo a justiça não der um parecer e o governador do estado não se preocupar certamente haverá prejuízo.

- Mas acho até o presente momento a gente não pode dizer que haverá prejuízo até porque a gente acredita na justiça do Piauí, acreditamos que a justiça dará um parecer favorável e tão logo saia esse parecer nós retornaremos a sala de aula e assumimos o compromisso de pagar todos os dias letivos.
A presidente lamentou o fato de não ver nenhuma preocupação por parte do governador do estado que teve 25 dias para cumprir um acordo judicial e não o fez por não ter nenhuma vontade e não demonstrar nenhum compromisso com a educação, sendo que dentro de dois dias, o governo desconsiderou um acordo judicial e aprovou com o apoio dos deputados que compõem a base governista o reajuste de 2,95%.

- Eu vejo tudo isso com preocupação porque o governador não tem compromisso com a educação, na verdade está apenas preocupado com sua reeleição.

Acerca da sessão turbulenta com votação confusa no plenário da Assembleia Legislativa no dia 21 de junho, a qual confirmou aumento de 2,95% ao invés de 6,81% nos contracheques dos professores, a professora Paulina disse por fidelidade ao governo, os deputados simplesmente rasgaram o regimento da Casa, tanto que aprovaram na CCJ e de finanças um aumento de 2,95% primeiramente às escondidas, depois levaram para o plenário sem que houvesse uma discussão com a participação de representantes dos professores.

- Eles não tiveram a preocupação de ouvir a classe trabalhadora e simplesmente aprovaram os 2,95% a mando do governador do estado e que agora o governador deu os pés tanto no Themistocles como também nos outros deputados que o apoiaram naquele golpe. É um bando de golpistas que a sociedade piauiense precisa abrir os olhos porque esse povo só se apresenta e diz que vai resolver todos os problemas em período eleitoral, mas na prática eles humilham a sociedade piauiense.

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