CAMPO SANTO: Atual Cemitério Sambaíba em Elesbão Veloso existe desde 1907, garante coveiro Severiano Eduardo.

Cemitério Sambaíba em Elesbão Veloso desde 1907. 

Por José Loiola Neto

Numa conversa à reportagem do ELESBÃO NEWS, sábado passado(05/3) com os coveiros que atuam no cemitério de Elesbão Velos- os senhores Severiano Eduardo, o "Severo do Cemitério", Cícero Martins dos Santos, o "Cícero da Ricô" e Francisco das Chagas Gomes de Sousa, o "Pequeno" pudemos coletar um tanto de informações do campo santo. 

Nascido no povoado Pau Ferrado(de Zuza de Carvalho), zona rural de Picos-PI, Seu Severo, atualmente com 70 anos(08/11/1951) e que também exerce a função de reciclador desde o começo da década de 1980, lembra que chegou a Elesbão Veloso há quase 60 anos, segundo ele no dia 24 de Junho de 1962, na companhia dos pais Manoel Eduardo Neto, a mãe Maria Marcelina da Conceição e outros 4 irmãos. 

- Recordo bem que neste dia estava havendo uma grande festa no Centro Operário Elesbonense que tinha à frente o senhor Zé Lima Verde como presidente. 

Seu Severiano Eduardo trabalha no cemitério Sambaíba desde 1969

Seu Severo recorda que começou a trabalhar como coveiro do cemitério Sambaíba em 1969, após o falecimento do seu pai, que também era coveiro. No ponto alto da nossa conversa ele revelou que o cemitério existe desde 1907. 

- Aqui estão sepultadas pelo menos oito mil pessoas ou mais. Aqui tem gente que morreu na época da seca(de 1932) e os revoltosos, são aqueles que chegavam nas casas e mandavam matar criação, gado para dá as pessoas que estavam sofrendo por causa da seca. 

Francisco das Chagas, o Pequeno
Outro detalhe interessante comentado por nosso entrevistado foi a situação que envolve o tal 'Buraco do Pereira', um minador muito famoso do à época ainda povoado Coroatá, que servia para matar a sede dos moradores e viajantes. 

Cemitério Sambaíba tem cerca de 8 mil pessoas sepultadas
Seu Severo disse que já não dispõe de muita energia e que a última cova aberta por ele foi no ano de 2017, de lá pra cá vem enfrentando algumas dificuldades de saúde, inclusive vem fazendo uso de bolsa coletora de urina, devido a alterações na próstata. 

- Quando precisa eu recorre ao meu filho o César Augusto Eduardo da Silva, que se chama Nego César, ele está sempre a disposição. 

O senhor Cícero da Ricô trabalha no cemitério desde 1974 auxiliando a sua sogra Teresa Ricô de saudosa memória. Por falar en memória, seu Cícero diz que apesar do longo tempo em contato com o velho cemitério não sabe o suficiente as sepulturas de muitos elesbonense. 

- Quando perguntam e eu não sei, peço para procurarem o Severo, pois ele tem a memória boa. 

Cícero da Ricô trabalha no cemitério Sambaíba desde 1974

Ele recordou que há 25 anos atrás, há época do mandato da prefeita Rosa Moura já se falavam do pouco espaço no cemitério, e de lá pra cá nada mudou, o cemitério segue recebendo defuntos mesmo com espaço comprometido. 

- Apenas falam que vão fazer um novo cemitério, mas até agora nada. Acho que Elesbão Veloso precisa de um novo cemitério porque já tem pessoas sendo enterradas sobre outros das famílias. 

Em matéria das escavações de sepultura, seu Cícero destaca que nessa área seu trabalho é pouco, e nos dias atuais, as constantes dores na coluna já não lhe permitem. 

- Hoje estou com 72 anos, eu trabalho diariamente, mas já não tenho a mesma força.

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