Jorge Pesado em ação com a camisa do Moto Táxi em torneio de futebol no CRE. |
Por José Loiola Neto
No último dia 17 de abril 2022, nosso entrevistado no quadro Papo de Bola, foi Jorge Luís Silva Bezerra, o "Jorge Pesado", atualmente com 37 anos(30/11/1984), na ocasião, ele reviveu um pouco da sua vida nos campos de futebol por Elesbão Veloso, recordando o principio, a infância, a trajetória como atleta e a recente experiência como treinador do Moto Táxi e Mosquiada, equipes pelas quais teve o privilégio de ter sido campeão como jogador e treinador.
Jorge Pesado com a camisa da Mosquiada ao lado de Juninho |
Na entrevista, Jorge Pesado lembrou as vitórias, títulos, perrengues, que inclusive o forçaram a parar precocemente, as amizades conquistadas na bola e a paixão pelo São Paulo FC segundo ele surgida depois que viu o tricolor jogando de madrugada contra o Barcelona na decisão do Mundial de Clubes em 1992. Abaixo, os principais trechos da entrevista.
PRINCÍPIO DE CARREIRA
- Comecei bem jovem na faixa de 13 a 14 anos na Escolinha do Pelé. Ele tinha um time chamado Coroatá e eu e alguns jovens da minha época começamos com ele, era ali por volta do ano de 1998.
EXPERIÊNCIAS NO MANGUEIRENSE E BAIRRO DE FÁTIMA
- Minha primeira Copa Cidade em 2004, foi um torneio promovido por uma liga, e nós montamos um time chamado Mangueirense, juntamos uma galera legal e fomos disputar o campeonato. O time tinha Cícero Bezerra, Suh, Jonas Neres, finado Celso, era um time bem legal e chegamos às semifinais, mas foi só aquele ano, depois disso, fui para o Bairro de Fátima, onde fiquei até 2009.
APELIDO
- Foi no Bairro de Fátima. Eu tive uma fase lá. Eu jogava de meia, e na hora da conclusão, minhas bolas sempre batiam na trave ou ia pra fora e o Antônio João participando dos programas esportivos na Eldorado FM botou esse apelido e pegou, tanto que quando chego em alguns lugares, na zona rural, por exemplo, o pessoal me pergunta: 'você é o Jorge Pesado?'.
CARACTERÍSTICAS COMO JOGADOR E ATLETA QUE O INSPIRAVA
- Eu era um meia armador que chegava bem na frente, tinha qualidade no drible, um pouco de dificuldade na parte física, já que eu tinha muitos problemas com cãimbras, no segundo tempo já sentia uma certa dificuldade, nunca fui um craque, mas me esforçava bastante, eu era muito dedicado, nunca tive preguiça, era virtude, sempre gostei de jogar, era vição e tinha fome de bola. Eu gostava bastante do Raí(camisa 10 do São Paulo na década 1990), era um cara inteligente, era muito fã dele, um grande jogador.
RECORDAÇÕES DO FUTEBOL ELESBONENSE COMO GAROTO
- Lá atrás, nos anos 1990, eu comecei a acompanhar o futebol, especialmente a Mosquiada, esse time tem tredição em torneios rurais e até municipais, o estádio nem arquibancada tinha, a gente fica naqueles barrancos, o meu pai seu Josimar fazia parte da comissão técnica e tinha uma galera que eu era fã- tinha o Dudu, Toinho, Leandro, Toyota(in memória, era um lateral esquerdo. Lembro uma final entre Mosquiada e Coloradom recordo bem, o Colorado ganhou por 3 a 1. Recordo que tinha um camisa 5, o Luisinho que jogava muita bola.
FUTEBOL LOCAL COM CIFRAS
- O futebol fracionado é por conta dos dirigentes mesmo, é aquela coisa da oferta e da procura, surgem novos projetos, um time querendo ficar mais forte que outro, assim como no profissional, o amador também está assim, jogador está na dele e se destaca daí surgem as ofertas. Os diregentes que tornaram o futebol assim.
COMPARATIVO TRINTÕES/MOTO
- Com certeza. O Trintões dominava o futebol local, era um time vitorioso e por ganhar tudo ganha aqule ódio de parte da torcida, no caso do Moto assim que começamos chamava de time de ricos, que estava tirando atletas de outros clubes, fica aquele ranço. No inicio não fomos bem, mas depois passamos a ganhar, hoje essa antipatia é menor, tanto que hoje temos torcedores, temos uma galera fiel.
CARREIRA ABREVIADA DEVIDO A LESÕES
- Eu tive uma lesão grave em 2017, jogando o campeonato do Alto, machuquei o joelho, fiz uma ressonância que constatou que problemas nos ligamentos e meniscos, não deu pra continuar, optei por encerrar, o problema não atrapalha a andar e a correr, mas o médico me impediu de jogar bola. Fiquei triste porque era minha principal diversão, depois da lesão tentei jogar numa confraternização e não deu.
CAMPEÃO COMO JOGADOR E TREINADOR
- Para mim que não fui craque, fui apenas um jogador mediano, isso é importante, acho que dentro do futebol local são números expressivos. Em 2014 fui campeão pela Mosquiada como jogador, em 2018 conquistei o título como treinador do torneio rural, a mesma coisa na Copa Cidade, campeão em 2013 e 2015 como jogador e ano passado campeão como treinador pelo Moto Táxi. Eu vejo isso como marca importante para a gente que gosta, fico feliz.
PAIXÃO PELO TRICOLOR PAULISTA
- Começou no ano de 1992. Me lembro de jogos na TV a partir dessa época. Acordei um dia de madrugada e o São Paulo estava disputando uma final de mundial contra o Barcelona, e ai nessa fase excepcional do São Paulo, mais um tio são paulino que eu tinha ajudou demais para eu torcer para o tricolor.
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