Material pesquisado por José Loiola Neto
VEJA Edição 2824
Reportagem de capa: VÂNDALOS. CRIMINOSOS. TERRORISTAS. GOLPISTAS
8 de janeiro: a democracia brasileira foi testada e suportou, mas é preciso reagir
As instituições têm de dar uma resposta rápida e vigorosa para punir os responsáveis – em todas as esferas – pela invasão e depredação do Congresso, do Planalto e do Supremo
Desde que a maioria dos brasileiros elegeu Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, dois meses atrás, grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro anunciavam que “algo” iria acontecer. Os mais delirantes estavam convencidos de que o “algo” seria um golpe militar para manter o ex-capitão no poder. Já os delirantes menos estúpidos tinham em mente que esse “algo” só aconteceria se fosse criada uma confusão de grandes proporções que exigisse a intervenção das Forças Armadas — e, a partir daí, passaram a organizar bloqueios de estradas e promover manifestações cada vez mais agressivas em vários pontos do país.
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ISTOÉ Edição 2763
Capa:
Após os atos terroristas em Brasília, é hora de punir rigorosamente os extremistas
Atentados ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao STF destroem patrimônio público e arranham a imagem internacional do País, mas falham em abalar os Poderes. Ao contrário, abrem espaço para a responsabilização exemplar dos golpistas que tramam contra a Constituição há quatro anos
Desde o restabelecimento pleno da democracia, em 1988, nunca os Três Poderes tinham sido alvo de um ataque como o que aconteceu no domingo, 8 de janeiro. As sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário foram invadidas e depredadas por milhares de bolsonaristas, que não tinham um plano coerente além de destruir os pilares da República. Jamais a sede do governo tinha sofrido tal ataque. Foi uma tentativa frustrada de golpe que procurou repetir o levante do Capitólio americano dois anos antes. Nos dois casos, a democracia prevaleceu. Apesar dos danos irreparáveis ao patrimônio público, do choque internacional e da comoção doméstica, o levante de Brasília terminou em poucas horas com os Poderes mais unidos e os agentes do caos isolados ou presos.
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REVISTA OESTE Edição 147
Capa: MUDANDO DE REGIME
O BRASIL DA OBEDIÊNCIA
Governo e Supremo disparam um ataque sem precedentes ao conjunto de leis em vigor no Brasil, aos direitos civis do cidadão e às liberdades públicas
O Brasil não teve uma mudança de governo no dia 1º de janeiro de 2023 — está tendo, pelo que mostra a observação dos fatos, uma mudança de regime. Em apenas uma semana, a nova gestão do presidente Lula tinha 1.500 presos num ginásio de esportes em Brasília — nunca houve isso em nenhuma ditadura brasileira do passado, e com cenas que lembram o Estádio Nacional de Santiago do Chile no golpe do general Pinochet. Foi decretada intervenção federal em Brasília. O governador, eleito três meses atrás já no primeiro turno, foi deposto do cargo por três meses. Já existe, antes mesmo do novo Congresso entrar em funcionamento, uma CPI pronta para fazer acusações criminais contra adversários do governo. Foi convocada a Brasília a Força Nacional de Segurança, um grupo extraído das polícias militares para atuar em locais onde não há presença policial regular — convocada para Brasília, uma das cidades mais policiadas do país. Há um pedido de extradição, sem base legal, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve de internar-se no hospital dos Estados Unidos para cuidar de efeitos da facada que quase o matou em 2018. Apareceram até tanques de guerra nas ruas da capital, depois que tinham acabado a invasão e a depredação do Congresso, do Supremo e do Palácio do Planalto no domingo dia 8 de janeiro.
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CARTA CAPITAL Edição 1242
Capa: VÍTIMA DE SI MESMO.
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