 |
| Luiz Santos da Silva, o Luizinho(1972-2021) |
Por José Loiola Neto
Há pouco mais de uma semana, precisamente na manhã da segunda-feira(19/4/2021), o senhor Luiz Santos da Silva, o Luizinho, natural de São Miguel do Tapuio faleceu em Ipuã-SP e entrou para as estatísticas como uma das quase 400 mil vítimas da Covid-19 no Brasil, até agora.
Repentinamente, no final de março, surgiram os primeiros sintomas da doença em Luizinho, sendo que a procura por ajuda médica só se deu alguns dias depois após insistência da esposa, a senhora Gilza Alves, supõe-se tardio, independentemente das circunstâncias, na concepção de muitos, inclusive da sua cunhada, a enfermeira Edilsa Alves, partiu para outro plano um ser humano incrível, um bom esposo, filho, pai de família, um amigo para todas as horas. Abaixo, um breve relato sobre o carismático Luiz Santos da Silva, o Luizinho.
----------------------
Por Edilsa Alves*
Luiz Santos da Silva( Luizinho)
Data Nascimento: 06/03/1972
Nasceu em São Miguel do Tapuio-PI.
Seus pais: seu Sabino e dona Lourdes.
Seus irmãos: Luiza, Pedro Neto, Maria de Jesus, Francisco, Elzira, João, Elzirene e Antônio.
Foram moradores por muitos anos da Fazenda Ilha município de Elesbão Veloso.
Casado há 28 anos com Gilza Alves, tiveram uma filha: Bárbara Santos, hoje com 20 anos.
Moraram em São Paulo e vieram pra o Piauí em 1999 quando vieram ajudar cuidar do meu pai que estava doente (faleceu no mesmo ano).
Foram morar na Oiticica, fazenda do seu Jéferson.
 |
| Luizinho com a esposa Gilza Alves: união de 28 anos abreviada pela Covid |
Em seguida seguiram pra Morro Agudo, há 17 anos. Lá ele trabalhou em cortes de cana, usina, por fim era motorista da empresa. Luizinho tem uma vasta lista de amizade por onde passou.
Ano passado conseguiu contrato de trabalho em Minas Gerais, encerrou o contrato a pouco tempo, onde conseguiu trabalho novamente na cidade onde mora no qual iria começar trabalhar dia 12/04.
 |
| Luizinho no aniversário de 80 anos do seu pai Sabino, em 2019 |
Dia 31/03 acordou com mialgia (dores no corpo) com insistência da minha irmã ele procurou o hospital com as queixas mas suspeitava de esforços feito no trabalho ajudando um amigo. Tomou medicação no hospital vindo ter melhoras mas não desapareceram os sintomas.
Domingo dia 05/04 com muita insistência da minha irmã ele foi pra o hospital, onde não conseguiu dirigir o próprio carro. Lá o teste rápido dele e de minha irmã foram negativos. Ele ficou em observação em aporte de O2 (oxigênio) minha irmã com sintomas leves voltou para casa.
A tarde ela foi chamada no hospital porque ele não tinha melhora, já estava com pneumonia, ficando internado. Daí pra cá meu cunhado tinha melhoras e pioras, vindo a ser intubado no domingo(18/4) pela manhã.
 |
| Luizinho na direção do seu veículo; suor para conseguir |
A noite teve que ser transferido pra UTI de Ipuã devido seu estado de saúde persistir com piora, na segunda-feira(19/4) às 06 hs teve uma PCR(Parada cardiorrespiratória) vindo à óbito.
Luiz era uma pessoa alegre, muito simpático, educado, preocupado com sua família, um filho e esposo exemplar. Quem conheceu ele sabe da pessoa gente boa que ele era. Muito solidário. Não era só um bom cunhado, o respeitava como um pai.
Que ele descanse em paz. Vai fazer muita falta.
Queremos agradecer todos os votos de solidariedade que as pessoas amigas estenderam à nós.
Obrigada em nome da minha irmã e minha sobrinha. Minha irmã vai precisar de nosso apoio
* Edilsa Alves é ex-enfermeira no Hospital Estadual Norberto Moura em Elesbão Veloso e atualmente atua na linha de frente no combate a Covid-19 no Hospital Universitário-HU em Teresina.
0 Comentários